Crítica sociológica ao poder oligárquico na América Latina

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Paulo Henrique Martins

Resumo

O fenômeno oligárquico tem particularidades históricas e culturais próprias que ajudam a entender os dispositivos da organização do sistema de poder colonial e pós-colonial, dos desafios da modernização e inserção das sociedades latino-americanas no capitalismo global. É importante destacar que a complexização dos Estados nacionais tem ampliado as contradições entre a presença de um sistema de poder que funciona a partir das negociações interpessoais e clientelistas, e outro sistema que valoriza os cálculos utilitários do mercado. Entretanto, as “oligarquias” e as “burguesias” sabem negociar suas alianças estratégicas de modo que é possível pensar, inclusive, em um novo modelo oligárquico transnacional na atualidade. A crise do desenvolvimento que vive a região tem uma natureza que ultrapassa o aspecto econômico e que, ao contrário, inclui outras motivações culturais e políticas que são centrais para entender para onde caminham as sociedades latino-americanas. Esta discussão é importante para pensar as possibilidades dos movimentos sociais e das práticas democráticas nas organizações, no contexto recente de mudanças dos pactos de poder oligárquico.

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Como Citar
Martins, P. H. (2019). Crítica sociológica ao poder oligárquico na América Latina. Estudios Latinoamericanos, (43), 17–35. https://doi.org/10.22201/cela.24484946e.2019.43.72801

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Biografia do Autor

Paulo Henrique Martins, Universidad Federal de Ceará, Fortaleza, Brasil

Sociólogo. Profesor de la Universidad Federal de Ceará, Fortaleza, Brasil. Presidente de la Asociación Latinoamericana de Sociología (ALAS) (2011-2013). Líneas de investigación: sociología, teoría sociológica y estudios postcoloniales, sociología de la salud y sociología del poder. E-mail:
<paulohenriquemar@gmail.com>.

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