Luta pela terra e Reforma Agrária no Brasil contemporâneo

Conteúdo do artigo principal

Guillermo Alfredo Johnson
Maria Gorete de Sousa

Resumo

As duradouras relações coloniais e escravocratas que formaram o Brasil perseveram na obstinada incrustação oligárquica que recorrente aflora com força nas suas instituições estatais. Modestos avanços quiçá não em suas dimensões, senão em sua eficácia para uma Reforma Agrária a partir das organizações do campo vêm retrocedendo a tal ponto que parecem voltar séculos, ao império dos latifundiários arraigados ao poder do Estado. As políticas do governo ilegítimo de Michel Temer pretendem impugnar a Reforma Agrária, enquanto que a rearticulação dos movimentos do campo a percebem como cada vez mais indispensável.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
Johnson, G. A., & de Sousa, M. G. (2018). Luta pela terra e Reforma Agrária no Brasil contemporâneo. Estudios Latinoamericanos, (42), 117–135. https://doi.org/10.22201/cela.24484946e.2018.42.67958

Citas en Dimensions Service

Biografia do Autor

Guillermo Alfredo Johnson, Universidad Federal de Grande Dourados, Brasil.

Doctor en Sociología Política. Docente e investigador de Ciencias Sociales y del Posgrado en Sociología y en Geografía de la Universidad Federal de Grande Dourados, Brasil. Email:
<guijohnson@uol.com.br>.

Maria Gorete de Sousa, Escuela Nacional Florestan Fernandes, Brasil.

Doctoranda en Estudios Sociales Agrarios por la Universidad Nacional de Córdoba, Argentina. Militante del Movimento de los Trabajadores Sin Tierra y educadora de la Escuela Nacional Florestan Fernandes, Brasil. Email: <sousa.mariagorete@gmail.com>.

Referências

ARCEO, Enrique (2006), “El fracaso de la reestructuración neoliberal en América Latina: estrategias de los sectores dominantes y alternativas populares”, en Eduardo M. BASUALDO y Enrique ARCEO, Neoliberalismo y sectores dominantes: tendencias globales y experiencias nacionales , Buenos Aires, CLACSO.

BRAGON, R. et al. (2017), “Pautas de viés conservador avançam na gestão de Michel Temer”, en Folha de São Paulo, 24 de septiembre. Dirección URL: <http://www1.folha.uol.com.br/poder/2017/09/1921276-pautas-de-vies-conservadoravancam-na-gestao-de-michel-temer.shtml>, [consulta: 1 de octubre de 2017].

BRUNO, Regina (2016), “Desigualdade, agronegócio, agricultura familiar no Brasil”, en Estudos Sociedade e Agricultura, Brasil, vol. 24, núm. 1, abril.

CARLOS, Euzeneia (2017), “Cooperação e conflito na relação movimentos sociais e Estado”, en Política & Sociedade. Revista de Sociologia Política, Florianópolis, vol. 16, núm. 35. Dirección URL: <http://dx.doi.org/10.5007/2175-7984.2017v16n35p321>.

COMISSÃO PASTORAL DA TERRA (CPT) (2015), Cadernos Conflitos no Campo. Período de 2001 a 2014, Goiânia, CPT Nacional.

COMISSÃO PASTORAL DA TERRA (CPT) (2016), Cadernos Conflitos no Campo Brasil, Goiânia, CPT Nacional.

COMITÊ BRASILEIRO DE DEFENSORAS E DEFENSORES DE DIREITOS HUMANOS (2017), Vidas em luta: criminalização e violência contra defensoras e defensores de direitos humanos no Brasil, organizado por Layza QUEIROZ SANTOS e Alice DE MARCHI PEREIRA DE SOUZA, Curitiba, Terra de Direitos.

CONSELHO INDIGENISTA MISSIONÁRIO (CIMI) (2017), Violência contra os Povos Indígenas no Brasil. Dados de 2016, Relatório. Dirección URL: , [consulta: 10 de octubre de 2017].

DELGADO, N. G. y S. P. LEITE (2011), “Políticas de Desenvolvimento Territorial no Meio Rural Brasileiro: Novas Institucionalidades e Protagonismo dos Atores”, en DADOS. Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, vol. 54, núm. 2.

DIEESE (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Econômicos) (2014), “O mercado de trabalho assalariado rural brasileiro”, en Estudos e Pesquisas, núm. 74.

FERNANDES MANÇANO, Bernardo et al. (2017), “A questão agrária na segunda fase neoliberal no Brasil”, en Boletim Dataluta, UNESP Campus Presidente Prudente, Núcleo de Estudos, Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária (NERA).

HARVEY, David (2008), O neoliberalismo: história e implicações, São Paulo, Loyola.

JESSOP, Bob (2015), The State. Past, present, future, Cambridge, United Kingdom, Polity Press.

JINKINGS, Ivana, Kim DORIA y Murilo CLETO (organizadores) (2016), Por que gritamos golpe? Para entender o impeachment e a crise política no Brasil, São Paulo, Boitempo.

LAMBERT, Jacques (1967), Os dois Brasis, São Paulo, Companhia Editora Nacional.

MARICATO, Ermínia et al. (2013), Cidades rebeldes , São Paulo, Boitempo.

MARINGONI, Gilberto y Juliano MEDEIROS (organizadores) (2017), Cinco mil dias: o Brasil na era do lulismo, São Paulo, Boitempo.

MARTINS, Carlos Eduardo (2017), “El Sistema-Mundo capitalista y los nuevos alineamientos geopolíticos en el siglo XXI. Una visión prospectiva”, en Marco A. GANDÁSEGUI hijo, Estados Unidos y la nueva correlación de fuerzas internacional, México, Siglo XXI/CLACSO.

MARTINS DE SOUZA, José (1981), Os camponeses e a política no Brasil, Petrópolis, Editora Vozes.

MEDEIROS, Leonilde (2015), “Luta por Reforma Agrária no Brasil contemporâneo: entre continuidades e novas questões”, en Cátia GRISA y Sergio SCHNEIDER (coordinadores), Políticas públicas de desenvolvimento rural no Brasil, Porto Alegre, Editora da UFRGS.

MENDES PEREIRA, João Márcio (2016), “Modernização, combate à pobreza e mercado de terras. Uma análise das políticas do Banco Mundial para agricultura e desenvolvimento rural (1944-2003)”, en Varia História, Belo Horizonte, vol. 32, núm. 58. Dirección URL: <http://dx.doi.org/10.1590/0104-87752016000100010>.

MENDES PEREIRA, João Márcio & Paulo ALENTEJANO (2018), “Brazil: class struggle in the countryside”, en James PETRAS & Henry VELTMEYER, The class struggle in Latin America: making history today, New York, Routledge.

OLIVEIRA DE UMBELINO, Areovaldo (2007), Modo de produção capitalista, agricultura e Reforma Agrária, São Paulo, Faculdade de Filosofia, Letras y Ciências Humanas, Universidade de São Paulo.

OLIVEIRA DE UMBELINO, Areovaldo (2015), “A mundialização do capital e a crise do neoliberalismo: o lugar mundial da agricultura brasileira”, en Geousp. Espaço e Tempo, vol. 19, núm. 2.

PENNA, Camila (2015), “A relação de parceria entre o INCRA e os movimentos sociais no processo de implementação das políticas de Reforma Agrária”, en Interseções, Río de Janeiro, vol. 17, núm. 1. Dirección URL: <http://dx.doi.org/10.12957/irei.2015.18052>.

POULANTZAS, Nicos (1970), Poder político y clases sociales en el Estado capitalista, México, Siglo XXI.

PRADO, Fernando & Monika MEIRELES (2010), “Teoria marxista da dependência revisitada: elementos para a crítica ao novo-desenvolvimentismo dos atuais governos de centro-esquerda latino-americanos”, en Rodrigo CASTELO (organizador), Encruzilhadas da América Latina no século XXI, Río de Janeiro, Pão e Rosas.

PUELLO-SOCARRÁS, José F. & María Angélica GUNTURIZ (2013), “¿Social-neoliberalismo? Organismos multilaterales, crisis global y programas de transferencia monetaria condicionada”, en Política y Cultura, México, Universidad Autónoma Metropolitana-Xochimilco, núm. 40.

SAUER, Sérgio y George MÉSZÁROS (2017), “The political economy of land struggle in Brazil under Workers’ Party governments”, en Journal of Agrarian Change, núm. 17, Dirección URL: <https://doi.org/10.1111/joac.12206>.

SAUER, Sérgio (2017), “Rural Brazil during the Lula administrations: Agreements with agribusiness and disputes in agrarian policies”, en Latin American Perspectives, vol. XX, núm. XXX, january. Dirección URL: <https://doi.org/10.1177/0094582X16685176>.

SICSÚ, João, Luís Fernando PAULA & Renaut MICHEL (2007), “Por que novodesenvolvimentismo?”, en Revista de Economia Política, vol. 27, núm. 4.

SINGER, André (2012), Os sentidos do lulismo: reforma gradual e pacto conservador, São Paulo, Companhia das Letras.

SINGER, André e Isabel LOUREIRO (organizadores) (2016), As contradições do lulismo: a que ponto chegamos?, São Paulo, Boitempo.

TEIXEIRA, Gerson (2017), “O golpe e a Reforma Agrária”, en Folha de São Paulo, Painel, 26 de enero. Dirección URL: <http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2017/01/1853085-golpe-e-reforma-agraria.shtml>, [consulta: 10 de mayo de 2017].