Pós-tratamento de efluente de tanque séptico por biofiltro aerado submerso

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Samuel Alves Barbosa
Marcelo Antunes Nolasco

Resumo

Os reatores anaeróbios são unidades de tratamento de esgoto sanitário amplamente utilizadas no Brasil em virtude do baixo custo de implantação e operação, a simplicidade operacional e a baixa produção de lodo. Contudo essas unidades não proporcionam as melhores condições de lançamento de efluentes sanitário sendo que na maioria das vezes não são atendidos os requisitos na legislação ambiental brasileira CONAMA 357/05. Neste trabalho foi estudado em escala de bancada uma unidade Biofiltro Aerado Submerso (BAS), com volume útil de 6,3 litros, operando como pós-tratamento de um Tanque Séptico (TS), com 27 litros, tratando esgoto sintético simulando esgoto doméstico/sanitário. O BAS foi operado, como unidade de pós-tratamento do TS, em duas fases durante um período de 120 dias. Na primeira fase o BAS recebeu uma carga orgânica volumétrica (COV) média de 1,05 kg DQO×m 3 ×dia-1, para uma taxa de aplicação superficial (TAS) de 5,01 m3 ×m-2 ×dia-1, correspondente ao tempo de detenção hidráulica (TDH) de 4 horas. Na a segunda fase o BAS recebeu COV média foi de 1,97 kg DQO×m-3 ×dia-1, e uma TAS foi de 10,02 m3 ×m-2 ×dia-1, e correspondente ao TDH de 2 horas. Neste trabalho durante o monitoramento foram avaliados a remoção da matéria orgânica residual e dos sólidos do efluente da unidade TS. O BAS apresentou na primeira fase um efluente com as concentrações médias de DQO, COT e DBO de 46 ± 19 mg×l-1, 13 ± 3 mg×l-1 e 20 ± 9 mg×l-1 e eficiências de 80%, 87% e 78% respectivamente. Na segunda fase essas concentrações foram de 53 ± 10 mg×l-1, 21 ± 5 mg×l-1 e 21 ± 5 mg×l-1 e eficiências de 79%, 84% e 79%. Quanto aos SS e SSV, o reator apresentou eficiências de 62% e 68%, com uma concentração média no efluente final de 16,9 mg×l-1 e 11,3 mg×l-1, para a primeira fase. Para a segunda fase as eficiências de remoção de SS e SSV foram de 37% e 50%, e concentrações médias no efluente final de 18 mg×l-1 e 9 mg×l-1. Assim pode-se afirmar que unidade BAS, sob as condições típicas desse estudo pode promover uma remoção adequada da matéria orgânica residual e dos SS dessa forma assegurando o lançamento do efluente sanitário enquadrado dentro da legislação ambiental brasileira.

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Como Citar
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Alves Barbosa, S. e Antunes Nolasco, M. 2009. Pós-tratamento de efluente de tanque séptico por biofiltro aerado submerso. Revista AIDIS de ingeniería y ciencias ambientales: Investigación, desarrollo y práctica. 1, 2 (nov. 2009).

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Biografia do Autor

Samuel Alves Barbosa

Engenheiro Civil (2004), e Mestre em Engenharia de Recursos Hídricos e Ambiental (2006), pelaUFPR.
Rua Guilherme Tragante, n° 255 Tarumã Curitiba PR, CEP 82800090 Brasil Tel:55 (+41) 3266-7677 - e-mail: samuel_sba@yahoo.com.br.

Marcelo Antunes Nolasco

Biólogo pela Universidade Federal de São Carlos - UFSCar. Doutor em Hidráulica e Saneamentopela Escola de Engenharia de São Carlos-USP. Professor da Pontifícia Universidade Católica doParaná - PUCPR. Professor Colaborador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia deRecursos Hídricos e Ambiental da Universidade Federal do Paraná.