A ética impessoal dos corpos e o seu devir comunitário no Nefando de Mónica Ojeda
Conteúdo do artigo principal
Resumo
Neste artigo, proponho que, no romance Nefando, de Mónica Ojeda, as diferentes formas de despersonalização e a organização paratática entre experiências e espaços configuram uma comunidade impolítica. Baseando-me em Esposito, entendo uma “comunidade impolítica” como aquela cujas relações funcionam fazendo uma desapropriação de poder, porque interrompem a pertença e a identificação com os valores e entidades transcendentes que poderiam fornecer uma base para o comum. Considero este romance como um simulacro de comunidade, que, em contraste com uma representação do político, expande uma ética-erótica impessoal, articulada pela virtualidade múltipla e material dos corpos que a compõem.
Downloads
Detalhes do artigo
Citas en Dimensions Service
Referências
Ahmed, S. (2015). The Cultural Politics of Emotion. New York: Routledge.
Adorno, TH. W. (2003). “Parataxis”. Notas sobre literatura. Obra completa, 11. Trad. Alfredo
Brotons Muñoz. Madrid: Akal.
Blanchot, M. (2002). La comunidad inconfesable. Trad. Isidro Herrera. Madrid: Editorial Nacional.
Deleuze, G. (2005). La lógica del sentido. Trad. Miguel Morey. Barcelona: Paidós.
Derrida, J. (1998). Políticas de la amistad. Trad. Patricio Peñalver. Madrid: Trotta.
Esposito, R. (2007). Tercera persona. Política de la vida y filosofía de lo impersonal. Trad. Carlos
R. Molinari. Buenos Aires: Amorrortu.
(2009). Comunidad, inmunidad y biopolítica. Trad. Alicia García. España: Herder.
(2012). “La perspectiva de lo impolítico” en Nombres. Revista de filosofía. 15, 47-58.
(2017). Personas, cosas y cuerpos. Trad. Albert Jiménez. Madrid: Trotta.
Ojeda, M. (2016). Nefando. Barcelona: Candaya.
Nancy, J. (2001). La comunidad desobrada. Trad. Pablo Perera. Madrid: Arena.
Pérez Barreiro, A.B. (2021). “(Re)significaciones suplementarias del dolor en Nefando, de Mónica
Ojeda”, en Catedral Tomada. Revista de Crítica Literaria Latinoamericana. 9, 17,
-44.
Pezzè, A. (2020). “El sistema literario de Mónica Ojeda”. Orillas, 9.
Rivera Garza, C. (2013). Los muertos indóciles. Necroescrituras y desapropiación. México: Tusquets.
Rodal Linares, S. (2017). La disposición ontológica de la creación como ser-en-el-mundo. Tesis de
doctorado. Universidad Autónoma de Barcelona.
Segato, R. (2014). “Las nuevas formas de la guerra y el cuerpo de las mujeres”, en Revista Sociedade
e Estado, 29, 2, (Maio/Agosto), 341-71.

De Raíz Diversa por Universidad Nacional Autónoma de México se distribuye bajo una Licencia Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0 Internacional.