O SANEAMENTO COMO MERCADORIA: UMA ANÁLISE DA LEI 14.026 E SUA APLICABILIDADE NO ESTADO DA PARAÍBA – BRASIL

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Lucas Alves Batista Pequeno
Whelton Brito dos Santos
Daniel Epifânio Bezerra
Amanda Laurentino Torquato

Resumo

A universalização dos serviços de saneamento é um fator essencial para garantir a qualidade de vida das pessoas. No entanto, no Brasil, o acesso a esses serviços ainda enfrenta diversos desafios. Em 15 de julho de 2020 foi sancionada a Lei nº 14.026, conhecida como o Novo Marco Legal do Saneamento, e apesar da regulação ser um passo importante para impulsionar a universalização, a nova lei estimula a lógica da mercantilização ao propor a privatização dos serviços por meio da criação de blocos, para que municípios vizinhos participem de uma mesma licitação e venham a ter os serviços prestados por uma mesma concessionária, sendo esta, a maneira encontrada para que as empresas privadas vislumbrem lucro no desenvolvimento dos serviços de saneamento, já que muitos municípios, individualmente, não geram lucro sobre o capital investido. Este é o caso de mais de 98% dos municípios do estado da Paraíba. Dentro desse contexto, este trabalho busca discutir o Novo Marco Legal do Saneamento a partir da lógica que apenas uma gestão democrática com aporte de recursos públicos é capaz de promover a universalização dos serviços. O trabalho também apresenta um panorama do saneamento na Paraíba e discute a questão da Lei Complementar nº 168. As conclusões constatam que ocorre no Brasil a aplicação de um modelo reprodutor de desigualdade e injustiça socioambiental. Portanto, é necessário entender que em serviços essenciais que garantem a dignidade humana, a presença de um Estado Democrático de Direito é primordial para proporcionar que toda a população seja atendida.

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Como Citar
[1]
Pequeno, L.A.B., Santos, W.B. dos, Bezerra, D.E. e Torquato, A.L. 2023. O SANEAMENTO COMO MERCADORIA: UMA ANÁLISE DA LEI 14.026 E SUA APLICABILIDADE NO ESTADO DA PARAÍBA – BRASIL . Revista AIDIS de ingeniería y ciencias ambientales: Investigación, desarrollo y práctica. 16, 2 (ago. 2023), 594–613. DOI:https://doi.org/10.22201/iingen.0718378xe.2023.16.2.83274.

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Biografia do Autor

Lucas Alves Batista Pequeno, Departamento de Tecnologia Rural, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Brasil.

Aluno de pós-graduação em Engenharia Ambiental da Universidade Federal Rural de Pernambuco.