UTILIZAÇÃO DE Trametes versicolor NO PROCESSO DE DEGRADAÇÃO DE CORANTE ÍNDIGO CARMIM
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Resumo
Entre os segmentos industriais com potencial poluidor, a indústria têxtil se destaca pelo elevado volume de efluentes rico em corantes - substâncias recalcitrantes com alta toxicidade. Na busca por tratamentos inovadores para efluentes industriais, o tratamento biológico vem alcançando resultados promissores. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a degradação de efluente sintético contendo índigo carmim a partir da aplicação de fungo Trametes versicolor, imobilizado em reator em semi-bateladas sequenciais, utilizando glicose como fonte de carbono. A pesquisa envolveu aplicação de glicose na concentração de 1.0 g.L-1 no início do tempo reacional (0 h) e reaplicação de 0.7 g.L-1 após 24 horas (24 h’) em 13 ciclos que duravam 48 horas, cada. A demanda química de oxigênio (DQO) e a glicose foram monitoradas em quatro tempos: início do ciclo (0 h), metade do ciclo antes de adicionar glicose (24h) e após sua adição (24 h’) e ao final do ciclo (48 h). As concentrações de corante e de enzima lacase foram determinadas em alíquotas retiradas nos tempos de 3 h, 5 h, 10 h, 24 h, 30 h, 34 h e 48 h. Os resultados de remoção média de corante foram de 40.6% nas 24 horas iniciais e 54.4% ao final do ciclo. A DQO atingiu média de 85 ± 4.2% de remoção. A baixa atividade de lacase pode ter sido atribuída à prevalência de outras enzimas, não avaliadas neste trabalho. Portanto, nossos resultados sinalizam positivamente para a utilização do Trametes versicolor na degradação do índigo carmim.