REMOÇÃO DE ALUMÍNIO EM ÁGUAS PARA ABASTECIMENTO PÚBLICO POR MEIO DE PRECIPITAÇÃO QUÍMICA COM HIDRÓXIDO DE CÁLCIO.
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Resumen
A presença de um residual de alumínio nas águas de consumo tem-se tornado objeto de preocupação devido a sua relação a doenças do foro neurológico (como a neuro degeneração, encefalopatia, demência dialítica, doença de Alzheimer e alterações neuro comportamentais) e na possível contribuição para a formação de turvação no final do tratamento, reduzindo, assim, a eficiência do processo de desinfecção. Uma vez que as espécies de alumínio presentes na água podem apresentar maior potencial de biodisponibilidade e serem mais facilmente absorvidas pelo trato gastrointestinal. O objetivo principal desse trabalho foi estudar a remoção do íon metálico Al3+ presente em água destinada para abastecimento, utilizando o Hidróxido de Cálcio como agente coagulante, devido a alta disponibilidade, baixo custo e complexidade do mesmo. Ao aumentar o pH, o Ca(OH)2 acarreta a precipitação química do alumínio pela formação de precipitado gelatinoso de hidróxido de alumínio. A metodologia realizada por meio de ensaio em Jarteste, avaliou duas tecnologias de tratamento: a filtração direta e o tratamento convencional (ciclo completo), ambas usando o Ca(OH)2 como agente coagulante. A água de estudo foi proveniente de solução sintética de alumínio preparada em laboratório por diluição em água destilada. Os resultados mostraram que para atender os níveis preconizadas pela portaria 2,914/2011 do Ministério da Saúde do Brasil, ou seja, concentração abaixo de 0.200 mg/L de Al em água para abastecimento e pH entre 6.0-9.5, deve-se optar pela precipitação química com Ca(OH)2 na tecnologia de filtração direta. A mesma mostrou-se superior a tecnologia de tratamento convencional em termos de remoção de alumínio, sendo necessário apenas 2 mg/L de Ca(OH)2 a 0.5% para chegar à 0.179 mg/L, ou seja, abaixo do limite preconizado.