ESTUDO COMPARATIVO ENTRE REATORES DE CRESCIMENTO ADERIDO E DISPERSO PÓS TANQUES SÉPTICOS TRATANDO ESGOTOS DOMÉSTICOS
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Resumo
Estudou-se a eficiência de remoção de DBO5, DQO, SST e SSV em dois reatores anaeróbios que recebiam efluentes semi-regularizados, sendo um deles de crescimento aderido (R1, com leito de brita n°4) e o outro de crescimento disperso (R3, sem material suporte para crescimento microbiano), além de um tanque séptico que precedia os reatores. Este sistema foi instalado na Residência Universitária da UFPB, em João Pessoa-PB. O esgoto a ser tratado era proveniente de dois banheiros que atendiam a uma população teórica de 4 habitantes. Foram realizadas 11 coletas do efluente do tanque séptico e dos efluentes dos reatores, no período compreendido entre 28/02/2013 e 10/12/2013. A temperatura e o pH nos reatores se apresentaram na faixa 24.5 - 28.1 °C e 7.3 - 8.1, respectivamente, valores estes, propícios ao tratamento anaeróbio de esgotos domésticos. As eficiências de remoção de DBO5 (32.8 e 27.1% em R1 e R3, respectivamente), DQO (43.4 e 33.0% em R1 e R3, respectivamente), SST (56.2 e 48.0%, em R1 e R3, respectivamente) e SSV (54.7 e 46.2%, em R1 e R3, respectivamente) foram elevadas. Isto demonstra a aplicabilidade desses sistemas a unidades habitacionais desprovidas de sistema coletivo de esgotamento sanitário, na redução da carga poluidora lançada em corpos aquáticos. Análise de variância demonstrou não haver diferenças significativas ao nível de 5% entre as médias dos parâmetros correspondentes nos dois reatores, sugerindo que, para reatores que recebam vazões com atenuação dos picos, não há necessidade do meio suporte, podendo representar diminuição nos custos envolvidos.
Palavras chave: esgoto doméstico, tratamento de esgoto, reator anaeróbio, crescimento aderido, crescimento disperso.