POTENCIAL DE OTIMIZAÇÃO DA PRODUÇÃO DE BIOGÁS GERADO POR UMA DIGESTÃO ANAERÓBIA EM ETES
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Resumo
O biogás produzido durante a digestão anaeróbia muitas vezes é queimado em flares a fim de reduzir a emissão de gases do efeito estufa, principalmente o metano. Pouco deste biogás é aproveitado como fonte energética. O presente trabalho determinou o volume e as características de biogás produzido em um digestor anaeróbio em escala real e em escala piloto em diferentes estações de tratamento de esgoto no Brasil e na Alemanha a fim de determinar capacidade de otimização da digestão anaeróbia e a utilização deste biogás como combustível veicular. Foram obtidas produções de biogás de respectivamente de 248 e 319 L de biogás/kg de sólidos adicionados para a digestão em escala piloto do lodo das ETEs filtros biológicos e lodos ativados convencional. Em escala real foram medidas produções de respectivamente 114, 480 e 310 L de biogás/kg de sólidos adicionados para as ETEs de lodos ativados no Brasil, na Alemanha com digestor de super alta taxa e na Alemanha com digestor de alta taxa. As concentrações de CH4 e CO2 medidas no biogás foram de respectivamente cerca 65 – 70% e 30 - 35%, as concentrações de H2S no biogás estavam abaixo de 200 ppm para as ETEs em escala real na Alemanha, entre 600 e 800 ppm nos ensaios piloto e maiores do que 1000 ppm para as ETEs em escala real no Brasil. A utilização do biogás como combustível veicular pode ser economicamente viável ao se comparar o custo de seu tratamento com o preço do combustível.
Palabras chave: Biogás, Digestão Anaeróbia, Biocombustível