ESTADO TRÓFICO EM RESERVATÓRIO URBANO RASO – ESTUDO DE CASO: AÇUDE SANTO ANASTÁCIO, FORTALEZA (CE).
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Resumen
Reservatórios urbanos apresentam crescente deterioração da qualidade de suas águas devido à falta de saneamento, principalmente relacionados com esgotos domésticos e aos resíduos sólidos dispostos de forma incorreta. Tais constituintes promovem o aporte de contaminantes por meio de fontes pontuais e difusas, ocasionando impactos significativos no manancial. Um dos impactos é a eutrofização, que é o crescimento excessivo de algas, devido a carga elevada de nutrientes, principalmente nitrogênio e fósforo. Tal fenômeno é observado principalmente em ambientes lênticos, os quais, contribuem para o desenvolvimento de fitoplâncton e macrófitas aquáticas em níveis acima do crescimento natural. Este estudo avaliou o processo de eutrofização em um reservatório urbano raso, tendo sido utilizado como estudo de caso o açude Santo Anastácio, localizado no estado do Ceará, nordeste do Brasil. Para identificar o grau de trofia do referido açude, foi utilizado o Índice de Estado Trófico (IET). As análises de fósforo total e clorofila-a permitiram calcular o IET médio e classificar o manancial na categoria de hipereutrófico. Verificou-se que o açude se encontra em um processo de eutrofização avançado e crescente ao longo do tempo. Os resultados dos parâmetros monitorados quando comparados com a Resolução 357/05 CONAMA para águas doces classe 2, se mantiveram fora dos padrões estabelecidos, com exceção do parâmetro pH. O fósforo total apresentou concentrações muito acima da legislação ambiental o que repercutiu diretamente no grau de trofia do reservatório.